quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Oxigenoterapia (terapia de O2)

OXIGENOTERAPIA

Material necessário:

Se for usar nebulizador em linha:
Fonte de gás pressurizado * fluxometro * cateter de oxigênio * copo do nebulizador *solução fisiológica * medicação prescrita.

ALERTA:
Se o cliente for uma criança e estiver em uma tenda de oxigênio, retire todos os brinquedos que possam produzir faíscas. O oxigênio provoca combustão, e a menor faísca pode causar um incêndio.
Coloque um aviso sobre PRECAUÇÃO COM OXIGÊNIO sobre o leito do cliente. Certifique-se de ele esteja bem adaptado e fique estável.
Monitore a resposta do cliente à oxigenoterapia. Verifique seus valores de GA durante os ajustes iniciais de fluxo. Quando o cliente estiver estabilizado, você poderá usar a oximetria de pulso. Examine o cliente com freqüência para ver se ele apresenta sinais de hipoxia, como queda do nível de consciência, aumento da freqüência cardíaca, arritmias, inquietação, perspiração, dispinéia, uso de músculos acessórios, bocejos, cianose e pele pegajosa e fria.
Observe a integridade da pele do cliente para evitar ruptura cutânea em pontos de pressão por causa do dispositivo liberador de oxigênio. Enxugue e a máscara úmidas ou com suor do cliente conforme necessário.
Se o cliente for receber oxigênio a uma concentração acima de 60% por mais de 24h, presta atenção nos sinais de intoxicação pelo oxigênio. Lembre o cliente de que ele deve tossir e fazer respirações profundas com freqüência para evitar atelectasia. Além, disso, para prevenir o surgimento de dano pulmonar grave obtenha várias medidas gasométricas arteriais; para determinar se ainda são necessárias concentrações elevadas de oxigênio.

Considerações especiais

Alerta de enfermagem. Nunca administre oxigênio por cânula nasal a uma velocidade superior a 2l/min em um cliente com doença pulmonar crônica, a menos que haja prescrição específica para fazê-lo, porque alguns clientes com doença pulmonar crônica ficam dependentes de um estado de hipercapnia e hipoxia de estimulação para respirar, e o oxigênio suplementar pode fazer com que parem de respirar. Contudo, a oxigenoterapia prolongada de 12 a 17 horas diárias pode ajudar clientes com doenças pulmonares crônicas a dormir melhor, sobreviver de hipertensão pulmonar.
Ao monitorar a resposta do cliente a uma alteração no fluxo de oxigênio, verifique o monitor da oximetria de pulso ou obtenha os valores da gasometria 20 a 30 minutos após ter ajustado o fluxo. Nesse ínterim, monitore estritamente o cliente para poder detectar qualquer resposta adversa à alteração no fluxo de oxigênio.

Cânula nasal
O oxigênio é liberado através de cânulas de plástico colocadas nas narinas do cliente.

Vantagens
Segura e simples; confortável e tolerada com facilidade; cânulas nasais podem ser adaptadas para se ajustar a qualquer rosto. Efetiva para baixas concentrações de oxigênio; permite que os clientes se movimentem, se alimentem e conversem; de baixo custo e descartável.
Não pode liberar concentrações superiores a 40% não pode ser usada em casos de obstrução nasal completa; pode causar cefaléias ou ressecar as mucosas, se a velocidade do fluxo ultrapassar 6 I/minuto; pode deslocar-se com facilidade.

Máscara simples
O oxigênio flui através de grandes orifícios situados lateralmente na máscara.

Vantagens
Pode liberar concentração de 40 a 60% de oxigênio.
Desvantagens
Quente e limitante; pode irritar a pele do cliente; para concentrações elevadas de oxigênio, exige vedação apertada, que pode causar desconforto; interfere na conservação e na alimentação; impraticável para terapia prolongada devido à imprecisão.

Orientação para a administração
Escolha a máscara cujo tamanho se adapte melhor ao rosto do cliente. Coloque-a sobre o nariz, a boca e o queixo do cliente, modelando a borda de metal flexível à ponte nasal do cliente. Ajuste a faixa de elástico em torno da cabeça do cliente para que a máscara fique firme, mas confortável, sobre as bochechas, o queixo e a ponte nasal. No caso de clientes idosos ou caquéticos, fixe compressas de gaze com esparadrapo na área das bochechas para tentar obter uma boa vedação contra a entrada de ar, sem a qual o ar do ambiente irá diluir o oxigênio, impedindo sua liberação na concentração prescrita. É necessário um mínimo de 5 I/minuto em toda a máscara para que o dióxido de carbono expirado saia dela, de modo que o cliente não volte a respira-lo.

MÁSCARA COM RETORNO RESPIRATÓRIO PARCIAL
O cliente inspira oxigênio de uma bolsa-reservatório com o ar atmosférico e oxigênio da máscara. O primeiro terço de volume corrente exalado entra na bolsa e o restante sai na máscara. Como o ar que entra na bolsa-reservatório vem da traquéia e dos brônquios, onde não ocorre troca gasosa, o cliente volta a respirar o mesmo ar oxigenado que exalou.

Vantagens
Libera efetivamente concentrações de 40 a 60% de oxigênio; as aberturas na máscara permitem que o cliente inale o ar do ambiente, se a fonte de oxigênio falhar.

Desvantagens
A vedação apertada, necessária para a concentração acurada de oxigênio, pode causar desconforto; quente e limitante; pode irritar a pele; a bolsa pode torcer-se ou dobrar-se; impraticável para terapia prolongada.

Orientações para administração
Siga os procedimentos para a máscara simples. Se a bolsa-reservatório colaborar mais que levemente durante a inspiração, aumenta a velocidade do fluxo até ver apenas uma ligeira desinsuflação, pois a desinsuflação acentuada ou completa indica fluxo de oxigênio insuficiente, que poderia resultar em acúmulo de dióxido de carbono na máscara e na bolsa. Evite que a bolsa-reservatório se torsa ou dobre. Assegure a expansão livre certificando-se que a bolsa está fora do roupão e das cobertas do cliente.

MÁSCARA SEM RETORNO RESPIRATÓRIO
À inalação, a válvula inspiratória de uma saída se abre, direcionando o oxigênio de uma bolsa-reservatório para a máscara. À exalação, o gás sai da máscara através de válvulas expiratórias de uma saída e entra na atmosfera. O cliente respira ar apenas da bolsa.

Vantagens
Libera a maior concentração possível de oxigênio (60 a 90%); reduz a intubação e a ventilação mecânica; efetiva para terapia de curto prazo; não resseca as mucosas; pode ser convertida em uma máscara com retorno respiratório parcial, se necessário, retirando-se a válvula de uma saída.

Desvantagens
Requer vedação apertada, que pode dificultar a manutenção e causar desconforto; pode irritar a pele do cliente; interfere na conversação e na alimentação; impraticável para terapia prolongada.

Orientação para administração
Siga os procedimentos para máscara simples. Certifique-se de que a máscara está bem ajustada e as válvulas de uma saída estão seguras e funcionando. Com a máscara excluir o ar do ambiente, o mau funcionamento de uma válvula poderia causar formação de dióxido de carbono e sufocar um cliente inconsciente. Se a bolsa-reservatório colabar mais que levemente durante a inspiração, aumente a velocidade do fluxo até ver apenas uma ligeira desinsuflação acentuada ou completa indica velocidade de fluxo de oxigênio insuficiente.

SISTEMAS DE LIBERAÇÃO DE OXIGENIO
Evite que a bolsa-reservatório se torça ou dobre. Assegure a expansão livre certificando-se de que a bolsa está fora do roupão e das cobertas do CLIENTE.

Máscara CPAP
É um sistema que permite ao cliente respirar espontaneamente para receber pressão positiva contínua na via respiratória (PPCR ou CPAP, do inglês continuous positive pressure airway) com ou sem uma via respiratória artificial.

Vantagens
Proporciona oxigenação arterial de forma não-invasiva ao aumentar a capacidade residual; permite que o cliente evite a intubação , converse e tussa sem interromper a pressão positiva.

Desvantagens
Precisa ficar bem apertada, o que pode causar desconforto; interfere na alimentação e na conversação; alto risco de aspiração se o cliente vomitar; aumenta o risco de pneunotórax, queda do débito cardíaco e distensão gástrica; contra-indicada em clientes com doença pulmonar obstrutiva crônica, doença pulmonar bolhosa, baixo débito cardíaco ou pneumotórax hipertensivo.

Orientações para administração
Coloque uma tira atrás e outra sobre a cabeça do cliente para garantir um bom ajuste. Ponha ua tira de látex no encaixe conector, sobre um dos lados da máscara. Em seguida, use uma de suas mãos para posicionar a máscara sobre o rosto do cliente, enquanto usa a outra mão para conectar a tira ao outro lado da máscara. Depois de colocar a máscara, avalie a função respiratória, circulatória e GI do cliente a cada hora. Verifique se há sinais de pneumotórax, queda do débito cardíaco, na pressão sanguínea e distensão gástrica.

OXIGÊNIO TRANSTRAQUEAL
O cliente recebe oxigênio através de um cateter inserido na base de seu pescoço por meio de um procedimento ambulatorial simples.

Vantagens
Fornece oxigênio para os pulmões durante todo o ciclo respiratório; fornece oxigênio sem alterar a mobilidade; não interfere na alimentação ou na conversação; não resseca as mucosas, o cateter pode ser facilmente disfarçado com uma camisa de gola ou colarinho alto, um lenço ou cachecol.
Não serve para clientes em risco de sangramento ou aqueles com broncospasmos grave, acidose respiratória descompensada, herniação pleural na base do pescoço ou que estejam recebendo corticosteróides em altas doses.

Orientações para administração
Após a inserção, solicite uma radiografia de tórax para confiar a colocação. Monitore o cliente quando á ocorrência de sacramento, dificuldade respiratória, pneumotórax, dor, tosse ou rouquidão. Não use o cateter por cerca de uma semana após a inserção para diminuir para diminuir o risco de enfisema subcutâneo.

SISTEMAS DE LIBERAÇÃO DE OXIGENAÇÃO

Máscara Venturi
A máscara é conectada a im dispositivo venturi, que mistura um volume específico de ar e oxigênio.

Vantagens
Libera concentrações de oxigênio altamente acuradas, apesar do padrão respiratório do cliente, porque a mesma quantidade de ar está sempre aprisionada os jatos de diluição podem ser alterados ou o dial virado para mudar a concentração de oxigênio; não resseca as mucosas; é possível acrescentar umidade ou aerossol.

Desvantagens
Limitante e pode irritar a pele; a concentração de oxigênio pode ser alterada, mas a máscara fica frouxa, o tubo enrola, as entradas de oxigênio ficam bloqueadas, o fluxo é insuficiente ou o cliente fica hipercapnéico; interfere na alimentação e na conversação; a condensação pode se acumular e gotejar sobre o cliente, caso se use umidificação.

Orientações para a administração
Certifique-se de que a velocidade do fluxo de oxigênio está ajustada na quantidade especificada em cada máscara e que a válvula venturi está ajustada para a fração de oxigênio inspirado.

OXIMETRIA DE PULSO

Os oxímetros de pulso em geral denotam os valores da saturação arterial de oxigênio com o símbolo Spo2.
Nesse procedimento, dois diodos enviam luz vermelha e infravermelha através de um leito vascular arterial pulsante, como o da ponta do dedo. Um fotodetector deslizado sobre o dedo mede a luz transmitida á medida que ela possa através do leito vascular, detecta a quantidade relativa de cor absorvida pelo sangue arterial e calcula a saturação exata de oxigênio venoso misto sem interferência do sangue venoso circundante, da pele, do tecido conjuntivo ou do osso. A oximetria auricular funciona monitorando a transmissão de ondas luminosas através do leito vascular do lobo da orelha do cliente. Os resultados podem ser inexatos se a perfusão do lobo da orelha do cliente for ruim, como no caso de baixo débito cardíaco.

DIAGNPÓSTICOS DE ENFERMAGEM E RESULTADOS ESPERADOS
Troca gasosa prejudicada relacionada com alteração no fornecimento de oxigênio.
O cliente devera:
Manter uma freqüência respiratória dentro dos parâmetros basais;
Demonstrar sensação de conforto com a manutenção da troca gasosa;
Ter sons respiratórios normais;
Ter níveis gasométricos que retornam aos padrões basais, como evidenciado por pH de ( especificar ) ; pressão parcial de oxigênio arterial de ( especificar ); e pressão parcial de dióxido de carbono arterial de ( especificar ).

Padrão respiratório ineficaz relacionamento com ( especificar )
O cliente deverá:
Ter neveis de oximetria de pulso e auricular que permanecem entre 95 e 100% ( se adulto ) ou 93,8 e 100% por uma hora após o nascimento ( se neonato a termo saudável )
Dizer que se sente bem quando respira
Conseguir a expansão pulmonar máxima com ventilação adequada.

Material necessário
Oximetro * sonda digital ou auricular* compressas embebidas em álcool * remover de esmalte de unhas, se necessário.

Preparação do material
Rever as instruções do fabricante para montagem do oximetro.

Procedimento
Explique a procedimento ao cliente.

Oximetria de pulso
Escolha um dedo do cliente para o teste. Embora seja comum usar o indicador, pode optar por um dedo menor, se os dedos do cliente forem muito grandes para a aparelhagem. Certifique-se de que o (a) cliente não esteja usando unhas postiças e retire esmalte da unha do dedo escolhido para teste, se tiver pintada. Coloque o transdutor (fotodetectos) sobre o dedo do cliente, de modo que o feixe luminoso e os sensores fiquem em posições opostas. Se o (a) cliente tiver as unhas longas, posicione o transdutor perpendicular ao dedo, se possível, ou corte a unha. Posicione sempre a mão do cliente no nível do coração para eliminar pulsações venosas e ter leituras mais precisas.

Alerta para idades Se estiver avaliando um neonato ou criança pequena passe o transdutor em volta do pé do cliente, de modo que o feixe luminoso e os detectores fiquem em posições opostas. No caso de uma criança maior, use um transdutor que se adapte ao grande artelho e fique fixo no pé da criança.
Ligue o aparelho. Se o dispositivo estiver funcionando bem, soara um bip, o mostrador ficará momentamente iluminado e a luz que pesquisa o pulso irá acender. O mostrador da spo2 e da freqüência de pulso exibira informação suplementar a cada batimento, e o indicador da amplitude de pulso irá começar rastrear as pulsações.

Registro
Registre o procedimento, inclusive a data, a hora, a medição oximétrica e qualquer medida tomada. Registre a leitura nos gráficos apropriados, se for o caso.

LIMPEZA DE ARTIGOS DA SALA DE INALAÇÃO

DESINFECÇÃO DA MÁSCARA DE AEROSSOL
Após o uso, colocar em balde seco;
lavar as máscaras com água e sabão ( limpeza mecânica );
Secar;
Colocar em solução de glutaraldeído a 2%, por 30 minutos As máscaras também podem ser desinfetados com solução de hipoclorito de sódio a 1%, 30 minutos ( dar preferência ao hipoclorito);
Enxaguar abundantemente em água corrente, sem joga-las dentro da pia, que é contaminada;
Secar as máscaras em campo limpo ou com ar comprimido;
Armazenar.

Extensão das Máscaras
- Lavar com água e sabão.
HIPOCLORITO DE SÓDIO A1% = 400ml DE HIPOCLORITO DE SÓDIO A 2,5% + 600ml DE ÁGUA ( trocar a cada 6 horas – manter em recipiente fechado e ao abrigo da luz).

DESCONTAMINAÇÃO DA ESPONJA DE LIMPEZA DA MÁSCARA DE INALAÇÃO
. Após o uso colocar em solução de hipoclorito de sódio a 1% por 30 minutos;

CUIDADOS COM A TRAQUEOSTOMIA

Traqueostomia é uma comunicação feita entre a traquéia e a pele do pescoço. Ela serve como um desvio para que o ar respirado entre direto para os pulmões, sem passar pelo nariz o pela boca. A traqueostomia é mantida por um aparelho metálico de CÂNULA DE TRAQUEOSTOMIA.
Na cânula acumula-se ou catarro, que se não for removido pode formar uma rolha e obstruir a respiração. Por isso é muito importante manter a cânula sempre limpa. A cânula é composta por uma parte interna (ou intermediário) e uma parte externa que fica presa no pescoço por um cadarço para fixaçao.
Fique em frente a um espelho para poder enxergar a traqueostomia. A limpeza é feita retirando – se a parte interna de dentro da parte externa da cânula. A parte externa não deve ser retirada do paciente, por isso ela fica amarrada pelo cadarço: Para retirar a parte interna ( intermediário ) basta roda – la até que sua fenda coincida com a trava.
Uma vez retirada á parte interna, lave – a com bastante água corrente.
Para retirar o catarro que fica grudado dentro da cânula, passe uma gaze aberta por dentro dela com a ajuda de uma arame grosso para empurra – la ou use uma escova destas de lavar mamadeira, tamanho pequeno. Água quente facilita a retirada o catarro. Seque em seguida com gaze seca.
Com uma gaze ou uma toalha umedecidas em água morna, limpe a pele da região do pescoço ao redor da traqueostomia, retirando secreções acumuladas. Recoloque a parte interna tendo o cuidado de trava –la para que ela não ferir a paciente tossir. Coloque gazes dobradas sob a parte externa sair durante a troca do cadarço.

Importante: só retire o conjunto completo da traquesostomia mediante previa autorização do seu médico, caso contrario proceda somente a retirada da parte interna ( intermediário) como explicado aqui.

Um comentário:

Anônimo disse...

Bom! Eu gostei dos seus assuntos abordados! Sucesso colega!