quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Movimentação de Pacientes Acamados


Movimentação de Pacientes Acamados:Aplicação de princípios da Ergonomia.

A movimentação de pacientes acamados tem por finalidade promover conforto, manter um bom alinhamento corporal, prevenir contraturas, promover drenagem de fluidos, facilitar a respiração e impedir o desenvolvimento de lesões na pele. Essa atividade é fisicamente desgastante para o trabalhador de enfermagem e poderá tornar-se perigosa, devido a má postura corporal adotada, caracterizada principalmente, pela inclinação da coluna para frente e inúmeras flexões e rotações da coluna. Segundo a Academia de Ortopedia, é definido como critério de boa postura, o equilíbrio entre as estruturas de suporte do corpo, músculos e ossos. Em outras palavras, ter boa postura significa manter corretamente alinhada a coluna, mantendo suas curvaturas naturais, localizadas na região do pescoço, tórax e na parte inferior da região lombrar e manter o centro de gravidade corporal diretamente sobre a base de apoio, movendo os pés e dobrando os joelhos ao invés de inclinar, torcer ou curvar a coluna. A adoção de posturas ou movimentos inadequados, tem sido apontados como causas de afastamento no trabalho de enfermagem. Através da abordagem ergonômica, estudos relativos a postura corporal adotadas na execução de atividades easonais tem sido realizados com vistas a prevenir problemas osteomusculares. A Ergonomia é o conjunto de conhecimentos interdisciplinar aplicados a situação de trabalho, na perspectiva da melhor adaptação do homem ao trabalho são diversas pontos de vista: saúde, segurança e organização do trabalho, considerando-se ainda, as apropriações do ambiente de trabalho e de vida. O termo deriva de duas palavras gregas "ergos" significa trabalho e "nomos" significa leis do. Em sua tradução mais simples compreende as leis do trabalho. Existem na literatura várias definições diferentes atribuídas a ergonomia, portanto não existe uma definição padrão. De maneira geral a Ergonomia é apresentado através das modalidades de: - Concepção: está relacionada ao estudo ergonômico de instrumentos e ambiente de trabalho antes da sua construção; - Correção: procura melhorar as condições de trabalho já existentes; - Conscientização: se preocupa em conscientizar os trabalhadores através de treinamento e reciclagem para trabalharem de forma segura reconhecendo os fatores de riscos que podem surgir a qualquer momento no ambiente de trabalho (IIDA, 1990) A Intervenção Ergonômica A intervenção ergonômica no ambiente de trabalho pressupõe que o processo seja iniciado a partir da identificação dos elementos gerais da demanda formulada. Procede-se ao levantamento de informações e a opção pelas situações a serem analisados então se inicia o processo de análise da atividade e seqüencialmente se faz planejamento e a operacionalização das transformações necessárias na situação de trabalho. Ao movimentar o paciente, o trabalhador de enfermagem deve utilizar três regras básicas: 1) Conhecer as condições do paciente e a posição requerida ou necessária; 2) Conhecer o ambiente e os recursos disponíveis; 3) Utilizar os princípios da Ergonomia e da Biomecânica para executar atividade, afim de prevenir danos à saúde;


Regra 1 - Conhecer as Condições do paciente e a Posição Requerida ou necessária.

Ao iniciar o procedimento deve-se avaliar a situação encontrada para planejar a atividade a ser executada. Os seguintes aspectos devem ser avaliados:- Estado geral do paciente, grau de mobilidade e de consciência, diagnóstico;- Presença de contraturas, musculatura flácida, áreas doloridas, infecções, rubores, edemas, lesões ósseas, ausência ou diminuição de sensibilidade, fraqueza, paralisias;- Peso do paciente;- Presença de equipamentos e aparelhos monitorando o paciente; - Incontinência urinária e/ou fecal, presença de dispositivos de coleção de secreções ou fluídos;- Presença de catéteres, talas;- Adoção de erros posturais no leito e posições tendenciosas como por exemplo pé equino; - Movimentos permitidos, posição requerida e necessária para o paciente;- Horários para movimentação.
É recomendado que o paciente com problemas de mobilidade seja, movimentado no leito a cada duas horas seguindo um plano escrito de rotatividade de posições. Quando o paciente consegue colaborar, a execução da atividade torna-se menos desgastante, no entanto, muitas vezes isso não é possível

Regra 2 - Conhecer o ambiente e os recursos disponíveis.


O ambiente e os recursos disponíveis são relevantes para o planejamento de como a tarefa será realizada.
- Espaço físico (deve haver espaço suficiente entre as camas para possibilitar a movimentação do pessoal de enfermagem e a manipulação de cadeiras e macas);
- Condições do piso (o piso não deve ser escorregadio e nem estar molhado);

- Altura da cama (a altura deve ser ajustada aproximadamente a 5 cm da altura do cotovelo dos executores da atividade. Por esse motivo, as camas com alturas reguláveis são as recomendadas);

- Existência de grades laterais na cama para a proteção do paciente à quedas; - Tipo de colchão (colchões finos, lisos, de água dificultam a movimentação);

Números de profissionais disponíveis. A movimentação deve ser executada por dois, três ou quatro profissionais. Apenas em situações em que o paciente pode colaborar, uma enfermeira poderá executar a movimentação.

- Recursos tecnológicos e equipamentos disponíveis. A utilização de elevadores de pacientes pode facilitar a execução de transferência de pacientes da cama para maca, cama para cadeiras e vice-versa.

Regra 3 - Utilizar os princípios da Ergonomia e da Biomecânica para excutar a atividade, afim de

prevenir danos à saúde do trabalhador de enfermagem.
Grande parte dos danos e dores lombares podem ser prevenidos se os trabalhadores de enfermagem usarem a própria mecânica do corpo adotando boa postura ao movimentar e erguer o paciente e se as condições de trabalho forem adequadas as características psicofisiológicas dos trabalhadores.

Os seguintes princípios devem ser observados:
- Manter as costas eretas. Isso é conseguido dobrando-se os joelhos e pela ação voluntária da musculatura estriada, que firma o dorso.
Assim, assegura-se que as pressões nos discos intervertebrais sejam uniformemente distribuídas.
Observação:No entanto, se houver necessidade de inclinar o tronco deve-se garantir que a coluna não fique arqueada;

Pressão uniforme nos discos intervertebrais Carga assimétrica nos discos intervertebrais
- Evitar torsões do tronco, pois causam tensões indesejáveis e cargas assimétricas nas vértebras;
- Os muscúlos devem estar sempre ligeiramente contraídos.
Deve-se preparar os músculos para a ação antes da atividade, afim de proteger os ligamentos e os muscúlos de lesões. Para levantar peso deve-se contrair os muscúlos do abdome e glúteos;

Assumir uma postura de base ampla e dobrar o joelho. A estabilidade é maior quando os pés estão distanciados um do outro cerca de 25 a 30 cm;

- Usar o próprio peso para contrabalançar o peso do paciente requer menor energia do movimento;
- A força necessária para manter o equilíbrio do corpo é maior quando a linha da gravidade está mais afastada possível do centro da base de sustentação. Por isso, a pessoa que segura um peso junto a seu corpo faz menos esforço que aquela que segura o peso com braços estendidos.

- A altura da cama deve ser regulada com base na altura do nível do cotovelo dos executores da movimentação, sendo adequado um distanciamento de cerca de 5 cm entre a altura da cama e a altura dos cotovelos; - Usar o agarre palmar e não as pontas dos dedos para segurar objetos e pacientes;
- A carga individual que cada pessoa pode carregar individualmente é de até 23kg. Para erguer ou carregar pacientes obesos são necessários dois ou três trabalhadores de enfermagem do mesmo padrão antropométrico, ou seja mesma altura, afim de possibilitar adequada distribuição do peso.

Procedimentos para executar a movimentação de pacientes acamados
A atividade deve ser planejada seguindo as regras básicas da movimentação de pacientes e ser efetuada através dos seguintes passos:
1. Lavar as mãos;

Mover o Paciente para um dos lado da camaPasso
- Posicionar os braços do paciente sobre o tórax;

- Assumir a posição de pé ao lado da cama para o qual é desejado que o paciente seja movimentado;

- Assumir ampla base de sustentação mantendo uma das pernas a frente da outra;

- Manter as costas eretas e inclinar ligeiramente o queixo em direção ao tórax, contrair os músculos do abdome e glúteos, flexionar os joelhos e abaixar os quadris para trazer os braços ao nível da cama;

- Uma enfermeira coloca um de seus braços sob os ombros e pescoço do paciente e o outro sob a região do tórax

- A outra enfermeira coloca um braço sob a região glútea do paciente e o outro braço sob a face posterior das coxas;
- Num movimento coordenado entre as enfermeiras, transferir o peso do próprio corpo do pé que está a frente para o que está atrás ...


...recuando e assumindo uma posição agachada, trazendo o paciente para o lado da cama;
Mover o corpo do paciente sem arrastar para não provocar lesões na pele;
Deve-se ter cuidado para que o paciente não sofra queda da cama;
Ao mover o paciente desse modo, a enfermeira não deve sentir sobrecarga nos ombros,
pois é o seu próprio peso que proporciona a força para mover o paciente

Mover o Paciente para cima na camaPasso
- Abaixar a cabeceira da cama;

- Erguer as grades de proteção do lado oposto a posição dos executores;

- Posicionar o travesseiro lateralmente a cabeceira;

- Posicionar os braços do paciente sobre o tórax;

- Assumir ampla base de sustentação mantendo um dos pés a frente do outro, sendo que o pé que está mais próximo da cama fica mais atrás, os pés devem estar dirigidos para a cabeceira;
1) Manter as costas eretas, flexionar os joelhos, abaixar os quadris e posicionar os braços sob o paciente.
2) Uma enfermeira coloca um de seus braços sob os ombros e pescoço do paciente e o outro sob a região do tórax
3) A outra enfermeira coloca um braço sob a região glútea do paciente e o outro braço sob a face posterior das coxas;
- Através de um movimento coordenado entre as duas enfermeiras, deslocar o peso do corpo do pé está atrás para o da frente, o paciente é movido, sem arrastar, em direção à cabeceira.
Quando o paciente colaborar, a movimentação para cima na cama poderá ser executada por apenas uma enfermeira. - A enfermeria deve seguir os mesmos passos da movimentação anterior, solicitando porém, que o paciente flexione os joelhos, levando os calcanhares para cima em direção a seus glúteos e segurando na cabeceira da cama auxilie no movimento para cima, puxando o próprio peso.


Mover o Paciente para baixo na cama.


- Erguer as grades de proteção do lado oposto a posição dos executores;;

- Posicionar o travesseiro lateralmente a cabeceira da cama;

- Posicionar os braços do paciente sobre o tórax;

-Assumir ampla base de sustentação mantendo um dos pés a um passo à frente do outro, sendo que está mais próximo da cama fica mais atrás e os pés devem estar dirigidos para os pés da cama;
- Através de um movimento coordenado entre as duas enfermeiras, deslocar o peso do corpo do pé que está à trás para o da frente, movendo os quadris para baixo e mantendo as costas eretas. O paciente é movimentado, sem arrastar, até que esteja satisfatoriamente posicionado
A movimentação do paciente para cima e/ou para baixo na cama pode também ser executada com a utilização de um lençol móvel.


Mover o Paciente para cima na cama Utilizando o Lençol Móvel.

- Erguer as grades de proteção do lado oposto a posição dos executores;

- Retirar o travesseiro e colocá-lo encostado na cabeceira;

- Dobrar o lençol de cima na vertical sobre o paciente, afim de preservar sua privacidade;
- As enfermeiras posicionam-se de pé, uma de cada lado da cama;
- Soltar o lençol móvel da cama, enrolá-lo lateralmente em direção ao paciente

- Assumir ampla base de sustentação com os pés dirigidos para a cabeceira;
- Manter as costas eretas, flexionar os joelhos, abaixar os quadris;
- Através de um movimento coordenado, deslocar o peso do corpo do pé que está à trás para o da frente, o paciente é movimentado, sem arrastar para cima na cama.


Ajudar o Paciente a erguer os glúteos.


Esse movimento freqüentemente é efetuado para a colocação e retirada da comadre. - Orientar o paciente para flexionar os joelhos e levar os calcanhares em direção a região glútea;
- Orientar o paciente para flexionar os joelhos e levar os calcanhares em direção a região glútea;
- O paciente é orientado a elevar os quadris. Neste momento, assumir um posição agachada dobrando os joelhos, enquanto seu braço age como alavanca ajudando a apoiar a região glútea do paciente. Os quadris de enfermeira se abaixam diretamente nessa ação.
- Assumir uma postura de base ampla, com os joelhos flexionados para posicionar os braços ao nível da cama;;
- O paciente é orientado a elevar os quadris. Neste momento, assumir um posição agachada dobrando os joelhos, enquanto seu braço age como alavanca ajudando a apoiar a região glútea do paciente. Os quadris de enfermeira se abaixam diretamente nessa ação;
- Enquanto sustenta a paciente nessa posição, ela pode usar a mão livre para colocar uma comadre sob o paciente
Observe que o cotovelo deve estar apoiado na cama para permitir o movimento de alavanca, possibilitando maior força para erguer o paciente;


Posicionar o paciente em decúbito lateral.


Nessa posição o paciente fica deitado de lado com ambos os braços para frente e os joelhos e quadris fletidos. O peso é suportado pela lateral do ilíaco e pela escápula.
- Assumir a posição de pé ao lado da cama para o qual é desejado que o paciente seja lateralizado; - Colocar o braço mais distante do paciente sobre o tórax e o outro braço deve estar em posição lateral ao corpo e para fora dele. Posicionar a perna do paciente mais distante sobre a outra perna;
- Ficar de frente para a beirada da cama e assumir uma postura de base ampla com um dos pés a frente do outro;
- Colocar uma das mãos no ombro mais afastado do paciente e a outra sobre o quadril;
- Manter as costas eretas, deslocar o peso da perna da frente para a trás, flexionando os joelhos e abaixando os quadris, o paciente é lateralizado na direção do executor do movimento;
- O paciente é apoiado pelos cotovelos do executor do movimento que repousam sobre o colchão. O paciente adota o decúbito lateral, voltado para a beirada da cama;
- Colocar um travesseiro sob a cabeça e ombros do paciente e posicionar os braços do paciente para frente e colocar um travesseiro na região torácica anterior para apoiar o braço:
- Posicionar as pernas fletidas sendo que a parte superior da perna é fletida em grau maior que a parte inferior. Colocar um travesseiro entre os joelhos que permaneceram flexionados.


Posicionar o paciente em decúbito dorsal.

Na posição supina ou decúbito dorsal, o paciente fica deitado de costas com a cabeça e os ombros ligeiramente elevados. É uma das posições mais assumidas pelos pacientes hospitalizados.
Afim de promover conforto ao paciente e conseguir um bom alinhamento do corpo são utilizados travesseiros, almofadas e rolos, para dar apoio ao paciente, evitar as posições viciosas dos pés e mãos e preservar a posição anatômica do corpo.
- Posicionar-se de pé ao lado da cabeceira da cama com um dos pés a um passo à frente do outro, manter as costas eretas, flexionar os joelhos e abaixar os quadris e colocar um travesseiro sob a cabeça e ombros do paciente;
- Posicionar-se de pé ao lado do centro da cama com um dos pés a um passo à frente do outro, manter as costas eretas, flexionar os joelhos e abaixar os quadris e colocar um travesseiro sob a região lombar;
- Dirigir-se até os pés da cama, posicionar-se e proceder a colocação de um travesseiro nas pernas permitindo uma ligeira flexão dos joelhos;
- Colocar um rolo nos pés afim de evitar posição viciosa dos mesmos.


Posicionar o paciente em decúbito VentralPasso


Na posição prona ou decúbito ventral o paciente fica deitado de bruços sobre o abdome, com a cabeça voltada para um dos lados.
As medidas de sustentação para o paciente nessa posição incluem a utilização de travesseiros e almo-fadas, conforme a necessidade.
- Posicionar-se de pé ao lado da cabeceira da cama com um dos pés a um passo à frente do outro, manter as costas eretas, flexionar os joelhos e abaixar os quadris e colocar um travesseiro sob a cabeça e ombros do paciente. A cabeça deve ficar voltada para um dos lados e os braços do paciente ao longo do travesseiro, afim de manter a posição anatômica;
- Posicionar-se de pé ao lado da parte central da cama com um dos pés a um passo à frente do outro, manter as costas eretas, flexionar os joelhos e abaixar os quadris e colocar um travesseiro sob o abdome do paciente, no nível do diafragma, para dar apoio à curvatura lombar e no caso de paciente do sexo feminino, retirar o peso do tórax;
- Dirigir-se até os pés da cama, posicionar-se e proceder a coloca-ção de um pequeno travesseiro sob a parte inferior das pernas, afim de levantar os dedos dos pés do paciente da cama e permitir uma ligeira flexão dos joelhos.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Cateterismo Vesical Masculino

Cateterismo Vesical Feminina

Oxigenoterapia (terapia de O2)

OXIGENOTERAPIA

Material necessário:

Se for usar nebulizador em linha:
Fonte de gás pressurizado * fluxometro * cateter de oxigênio * copo do nebulizador *solução fisiológica * medicação prescrita.

ALERTA:
Se o cliente for uma criança e estiver em uma tenda de oxigênio, retire todos os brinquedos que possam produzir faíscas. O oxigênio provoca combustão, e a menor faísca pode causar um incêndio.
Coloque um aviso sobre PRECAUÇÃO COM OXIGÊNIO sobre o leito do cliente. Certifique-se de ele esteja bem adaptado e fique estável.
Monitore a resposta do cliente à oxigenoterapia. Verifique seus valores de GA durante os ajustes iniciais de fluxo. Quando o cliente estiver estabilizado, você poderá usar a oximetria de pulso. Examine o cliente com freqüência para ver se ele apresenta sinais de hipoxia, como queda do nível de consciência, aumento da freqüência cardíaca, arritmias, inquietação, perspiração, dispinéia, uso de músculos acessórios, bocejos, cianose e pele pegajosa e fria.
Observe a integridade da pele do cliente para evitar ruptura cutânea em pontos de pressão por causa do dispositivo liberador de oxigênio. Enxugue e a máscara úmidas ou com suor do cliente conforme necessário.
Se o cliente for receber oxigênio a uma concentração acima de 60% por mais de 24h, presta atenção nos sinais de intoxicação pelo oxigênio. Lembre o cliente de que ele deve tossir e fazer respirações profundas com freqüência para evitar atelectasia. Além, disso, para prevenir o surgimento de dano pulmonar grave obtenha várias medidas gasométricas arteriais; para determinar se ainda são necessárias concentrações elevadas de oxigênio.

Considerações especiais

Alerta de enfermagem. Nunca administre oxigênio por cânula nasal a uma velocidade superior a 2l/min em um cliente com doença pulmonar crônica, a menos que haja prescrição específica para fazê-lo, porque alguns clientes com doença pulmonar crônica ficam dependentes de um estado de hipercapnia e hipoxia de estimulação para respirar, e o oxigênio suplementar pode fazer com que parem de respirar. Contudo, a oxigenoterapia prolongada de 12 a 17 horas diárias pode ajudar clientes com doenças pulmonares crônicas a dormir melhor, sobreviver de hipertensão pulmonar.
Ao monitorar a resposta do cliente a uma alteração no fluxo de oxigênio, verifique o monitor da oximetria de pulso ou obtenha os valores da gasometria 20 a 30 minutos após ter ajustado o fluxo. Nesse ínterim, monitore estritamente o cliente para poder detectar qualquer resposta adversa à alteração no fluxo de oxigênio.

Cânula nasal
O oxigênio é liberado através de cânulas de plástico colocadas nas narinas do cliente.

Vantagens
Segura e simples; confortável e tolerada com facilidade; cânulas nasais podem ser adaptadas para se ajustar a qualquer rosto. Efetiva para baixas concentrações de oxigênio; permite que os clientes se movimentem, se alimentem e conversem; de baixo custo e descartável.
Não pode liberar concentrações superiores a 40% não pode ser usada em casos de obstrução nasal completa; pode causar cefaléias ou ressecar as mucosas, se a velocidade do fluxo ultrapassar 6 I/minuto; pode deslocar-se com facilidade.

Máscara simples
O oxigênio flui através de grandes orifícios situados lateralmente na máscara.

Vantagens
Pode liberar concentração de 40 a 60% de oxigênio.
Desvantagens
Quente e limitante; pode irritar a pele do cliente; para concentrações elevadas de oxigênio, exige vedação apertada, que pode causar desconforto; interfere na conservação e na alimentação; impraticável para terapia prolongada devido à imprecisão.

Orientação para a administração
Escolha a máscara cujo tamanho se adapte melhor ao rosto do cliente. Coloque-a sobre o nariz, a boca e o queixo do cliente, modelando a borda de metal flexível à ponte nasal do cliente. Ajuste a faixa de elástico em torno da cabeça do cliente para que a máscara fique firme, mas confortável, sobre as bochechas, o queixo e a ponte nasal. No caso de clientes idosos ou caquéticos, fixe compressas de gaze com esparadrapo na área das bochechas para tentar obter uma boa vedação contra a entrada de ar, sem a qual o ar do ambiente irá diluir o oxigênio, impedindo sua liberação na concentração prescrita. É necessário um mínimo de 5 I/minuto em toda a máscara para que o dióxido de carbono expirado saia dela, de modo que o cliente não volte a respira-lo.

MÁSCARA COM RETORNO RESPIRATÓRIO PARCIAL
O cliente inspira oxigênio de uma bolsa-reservatório com o ar atmosférico e oxigênio da máscara. O primeiro terço de volume corrente exalado entra na bolsa e o restante sai na máscara. Como o ar que entra na bolsa-reservatório vem da traquéia e dos brônquios, onde não ocorre troca gasosa, o cliente volta a respirar o mesmo ar oxigenado que exalou.

Vantagens
Libera efetivamente concentrações de 40 a 60% de oxigênio; as aberturas na máscara permitem que o cliente inale o ar do ambiente, se a fonte de oxigênio falhar.

Desvantagens
A vedação apertada, necessária para a concentração acurada de oxigênio, pode causar desconforto; quente e limitante; pode irritar a pele; a bolsa pode torcer-se ou dobrar-se; impraticável para terapia prolongada.

Orientações para administração
Siga os procedimentos para a máscara simples. Se a bolsa-reservatório colaborar mais que levemente durante a inspiração, aumenta a velocidade do fluxo até ver apenas uma ligeira desinsuflação, pois a desinsuflação acentuada ou completa indica fluxo de oxigênio insuficiente, que poderia resultar em acúmulo de dióxido de carbono na máscara e na bolsa. Evite que a bolsa-reservatório se torsa ou dobre. Assegure a expansão livre certificando-se que a bolsa está fora do roupão e das cobertas do cliente.

MÁSCARA SEM RETORNO RESPIRATÓRIO
À inalação, a válvula inspiratória de uma saída se abre, direcionando o oxigênio de uma bolsa-reservatório para a máscara. À exalação, o gás sai da máscara através de válvulas expiratórias de uma saída e entra na atmosfera. O cliente respira ar apenas da bolsa.

Vantagens
Libera a maior concentração possível de oxigênio (60 a 90%); reduz a intubação e a ventilação mecânica; efetiva para terapia de curto prazo; não resseca as mucosas; pode ser convertida em uma máscara com retorno respiratório parcial, se necessário, retirando-se a válvula de uma saída.

Desvantagens
Requer vedação apertada, que pode dificultar a manutenção e causar desconforto; pode irritar a pele do cliente; interfere na conversação e na alimentação; impraticável para terapia prolongada.

Orientação para administração
Siga os procedimentos para máscara simples. Certifique-se de que a máscara está bem ajustada e as válvulas de uma saída estão seguras e funcionando. Com a máscara excluir o ar do ambiente, o mau funcionamento de uma válvula poderia causar formação de dióxido de carbono e sufocar um cliente inconsciente. Se a bolsa-reservatório colabar mais que levemente durante a inspiração, aumente a velocidade do fluxo até ver apenas uma ligeira desinsuflação acentuada ou completa indica velocidade de fluxo de oxigênio insuficiente.

SISTEMAS DE LIBERAÇÃO DE OXIGENIO
Evite que a bolsa-reservatório se torça ou dobre. Assegure a expansão livre certificando-se de que a bolsa está fora do roupão e das cobertas do CLIENTE.

Máscara CPAP
É um sistema que permite ao cliente respirar espontaneamente para receber pressão positiva contínua na via respiratória (PPCR ou CPAP, do inglês continuous positive pressure airway) com ou sem uma via respiratória artificial.

Vantagens
Proporciona oxigenação arterial de forma não-invasiva ao aumentar a capacidade residual; permite que o cliente evite a intubação , converse e tussa sem interromper a pressão positiva.

Desvantagens
Precisa ficar bem apertada, o que pode causar desconforto; interfere na alimentação e na conversação; alto risco de aspiração se o cliente vomitar; aumenta o risco de pneunotórax, queda do débito cardíaco e distensão gástrica; contra-indicada em clientes com doença pulmonar obstrutiva crônica, doença pulmonar bolhosa, baixo débito cardíaco ou pneumotórax hipertensivo.

Orientações para administração
Coloque uma tira atrás e outra sobre a cabeça do cliente para garantir um bom ajuste. Ponha ua tira de látex no encaixe conector, sobre um dos lados da máscara. Em seguida, use uma de suas mãos para posicionar a máscara sobre o rosto do cliente, enquanto usa a outra mão para conectar a tira ao outro lado da máscara. Depois de colocar a máscara, avalie a função respiratória, circulatória e GI do cliente a cada hora. Verifique se há sinais de pneumotórax, queda do débito cardíaco, na pressão sanguínea e distensão gástrica.

OXIGÊNIO TRANSTRAQUEAL
O cliente recebe oxigênio através de um cateter inserido na base de seu pescoço por meio de um procedimento ambulatorial simples.

Vantagens
Fornece oxigênio para os pulmões durante todo o ciclo respiratório; fornece oxigênio sem alterar a mobilidade; não interfere na alimentação ou na conversação; não resseca as mucosas, o cateter pode ser facilmente disfarçado com uma camisa de gola ou colarinho alto, um lenço ou cachecol.
Não serve para clientes em risco de sangramento ou aqueles com broncospasmos grave, acidose respiratória descompensada, herniação pleural na base do pescoço ou que estejam recebendo corticosteróides em altas doses.

Orientações para administração
Após a inserção, solicite uma radiografia de tórax para confiar a colocação. Monitore o cliente quando á ocorrência de sacramento, dificuldade respiratória, pneumotórax, dor, tosse ou rouquidão. Não use o cateter por cerca de uma semana após a inserção para diminuir para diminuir o risco de enfisema subcutâneo.

SISTEMAS DE LIBERAÇÃO DE OXIGENAÇÃO

Máscara Venturi
A máscara é conectada a im dispositivo venturi, que mistura um volume específico de ar e oxigênio.

Vantagens
Libera concentrações de oxigênio altamente acuradas, apesar do padrão respiratório do cliente, porque a mesma quantidade de ar está sempre aprisionada os jatos de diluição podem ser alterados ou o dial virado para mudar a concentração de oxigênio; não resseca as mucosas; é possível acrescentar umidade ou aerossol.

Desvantagens
Limitante e pode irritar a pele; a concentração de oxigênio pode ser alterada, mas a máscara fica frouxa, o tubo enrola, as entradas de oxigênio ficam bloqueadas, o fluxo é insuficiente ou o cliente fica hipercapnéico; interfere na alimentação e na conversação; a condensação pode se acumular e gotejar sobre o cliente, caso se use umidificação.

Orientações para a administração
Certifique-se de que a velocidade do fluxo de oxigênio está ajustada na quantidade especificada em cada máscara e que a válvula venturi está ajustada para a fração de oxigênio inspirado.

OXIMETRIA DE PULSO

Os oxímetros de pulso em geral denotam os valores da saturação arterial de oxigênio com o símbolo Spo2.
Nesse procedimento, dois diodos enviam luz vermelha e infravermelha através de um leito vascular arterial pulsante, como o da ponta do dedo. Um fotodetector deslizado sobre o dedo mede a luz transmitida á medida que ela possa através do leito vascular, detecta a quantidade relativa de cor absorvida pelo sangue arterial e calcula a saturação exata de oxigênio venoso misto sem interferência do sangue venoso circundante, da pele, do tecido conjuntivo ou do osso. A oximetria auricular funciona monitorando a transmissão de ondas luminosas através do leito vascular do lobo da orelha do cliente. Os resultados podem ser inexatos se a perfusão do lobo da orelha do cliente for ruim, como no caso de baixo débito cardíaco.

DIAGNPÓSTICOS DE ENFERMAGEM E RESULTADOS ESPERADOS
Troca gasosa prejudicada relacionada com alteração no fornecimento de oxigênio.
O cliente devera:
Manter uma freqüência respiratória dentro dos parâmetros basais;
Demonstrar sensação de conforto com a manutenção da troca gasosa;
Ter sons respiratórios normais;
Ter níveis gasométricos que retornam aos padrões basais, como evidenciado por pH de ( especificar ) ; pressão parcial de oxigênio arterial de ( especificar ); e pressão parcial de dióxido de carbono arterial de ( especificar ).

Padrão respiratório ineficaz relacionamento com ( especificar )
O cliente deverá:
Ter neveis de oximetria de pulso e auricular que permanecem entre 95 e 100% ( se adulto ) ou 93,8 e 100% por uma hora após o nascimento ( se neonato a termo saudável )
Dizer que se sente bem quando respira
Conseguir a expansão pulmonar máxima com ventilação adequada.

Material necessário
Oximetro * sonda digital ou auricular* compressas embebidas em álcool * remover de esmalte de unhas, se necessário.

Preparação do material
Rever as instruções do fabricante para montagem do oximetro.

Procedimento
Explique a procedimento ao cliente.

Oximetria de pulso
Escolha um dedo do cliente para o teste. Embora seja comum usar o indicador, pode optar por um dedo menor, se os dedos do cliente forem muito grandes para a aparelhagem. Certifique-se de que o (a) cliente não esteja usando unhas postiças e retire esmalte da unha do dedo escolhido para teste, se tiver pintada. Coloque o transdutor (fotodetectos) sobre o dedo do cliente, de modo que o feixe luminoso e os sensores fiquem em posições opostas. Se o (a) cliente tiver as unhas longas, posicione o transdutor perpendicular ao dedo, se possível, ou corte a unha. Posicione sempre a mão do cliente no nível do coração para eliminar pulsações venosas e ter leituras mais precisas.

Alerta para idades Se estiver avaliando um neonato ou criança pequena passe o transdutor em volta do pé do cliente, de modo que o feixe luminoso e os detectores fiquem em posições opostas. No caso de uma criança maior, use um transdutor que se adapte ao grande artelho e fique fixo no pé da criança.
Ligue o aparelho. Se o dispositivo estiver funcionando bem, soara um bip, o mostrador ficará momentamente iluminado e a luz que pesquisa o pulso irá acender. O mostrador da spo2 e da freqüência de pulso exibira informação suplementar a cada batimento, e o indicador da amplitude de pulso irá começar rastrear as pulsações.

Registro
Registre o procedimento, inclusive a data, a hora, a medição oximétrica e qualquer medida tomada. Registre a leitura nos gráficos apropriados, se for o caso.

LIMPEZA DE ARTIGOS DA SALA DE INALAÇÃO

DESINFECÇÃO DA MÁSCARA DE AEROSSOL
Após o uso, colocar em balde seco;
lavar as máscaras com água e sabão ( limpeza mecânica );
Secar;
Colocar em solução de glutaraldeído a 2%, por 30 minutos As máscaras também podem ser desinfetados com solução de hipoclorito de sódio a 1%, 30 minutos ( dar preferência ao hipoclorito);
Enxaguar abundantemente em água corrente, sem joga-las dentro da pia, que é contaminada;
Secar as máscaras em campo limpo ou com ar comprimido;
Armazenar.

Extensão das Máscaras
- Lavar com água e sabão.
HIPOCLORITO DE SÓDIO A1% = 400ml DE HIPOCLORITO DE SÓDIO A 2,5% + 600ml DE ÁGUA ( trocar a cada 6 horas – manter em recipiente fechado e ao abrigo da luz).

DESCONTAMINAÇÃO DA ESPONJA DE LIMPEZA DA MÁSCARA DE INALAÇÃO
. Após o uso colocar em solução de hipoclorito de sódio a 1% por 30 minutos;

CUIDADOS COM A TRAQUEOSTOMIA

Traqueostomia é uma comunicação feita entre a traquéia e a pele do pescoço. Ela serve como um desvio para que o ar respirado entre direto para os pulmões, sem passar pelo nariz o pela boca. A traqueostomia é mantida por um aparelho metálico de CÂNULA DE TRAQUEOSTOMIA.
Na cânula acumula-se ou catarro, que se não for removido pode formar uma rolha e obstruir a respiração. Por isso é muito importante manter a cânula sempre limpa. A cânula é composta por uma parte interna (ou intermediário) e uma parte externa que fica presa no pescoço por um cadarço para fixaçao.
Fique em frente a um espelho para poder enxergar a traqueostomia. A limpeza é feita retirando – se a parte interna de dentro da parte externa da cânula. A parte externa não deve ser retirada do paciente, por isso ela fica amarrada pelo cadarço: Para retirar a parte interna ( intermediário ) basta roda – la até que sua fenda coincida com a trava.
Uma vez retirada á parte interna, lave – a com bastante água corrente.
Para retirar o catarro que fica grudado dentro da cânula, passe uma gaze aberta por dentro dela com a ajuda de uma arame grosso para empurra – la ou use uma escova destas de lavar mamadeira, tamanho pequeno. Água quente facilita a retirada o catarro. Seque em seguida com gaze seca.
Com uma gaze ou uma toalha umedecidas em água morna, limpe a pele da região do pescoço ao redor da traqueostomia, retirando secreções acumuladas. Recoloque a parte interna tendo o cuidado de trava –la para que ela não ferir a paciente tossir. Coloque gazes dobradas sob a parte externa sair durante a troca do cadarço.

Importante: só retire o conjunto completo da traquesostomia mediante previa autorização do seu médico, caso contrario proceda somente a retirada da parte interna ( intermediário) como explicado aqui.

Inalação

INALAÇÃO/NEBULIZAÇÃO

INALAÇÃO: Ação ou efeito de inalar. / Absorção pelas vias respiratórias de um gás, de um vapor ou de um aerossol
NEBULIZAÇÃO: Ato ou efeito de nebulizar
NEBULIZAR: transformar em nuvem de vapor; pulverizar (um líquido).

NEBULIZAÇÃO
Material:fluxômetro; máscara simples ou “Venturi” de formato adequado esterilizado;frasco nebulizador; extensão plástica corrugada (traquéia); 250 ml de água destilada esterilizada; etiqueta e folha de anotações de enfermagem.
Procedimento:
-instalar o fluxômetro e testá-lo;
-colocar a água no copo do nebulizador, fechar e conectar ao fluxômetro;
-conectar a máscara ao tubo corrugado, e este ao nebulizador;
-colocar a máscara no rosto do paciente e ajustá-la, evitando compressões;
-regular o fluxo de Oxigênio, de acordo com a prescrição;identificar o nebulizador com adesivo (data, hora e volume).
-Trocar a água do nebulizador 6/6hs, desprezando toda a água do copo e colocando nova etiqueta.
-Trocar o conjunto a cada 48 horas.

INALAÇÃO
Material:fluxômetro; micronebulizador, com máscara e extensão; 10ml de SF ou água destilada esterilizada; medicamento; etiqueta; gaze esterilizada; folha de anotações;
Procedimento:
-instalar o fluxômetro na rede de Oxigênio ou ar comprimido e testá-lo;
-abrir a embalagem do micronebulizador e reservá-lo;
-colocar o SF ou AD no copinho, acrescentar o medicamento, fechar e conectar ao fluxômetro;conectar a máscara ao micronebulizador;
-regular o fluxo de gás (produzir névoa 5L/min);aproximar a máscara do rosto do paciente e ajustá-la, entre o nariz e a boca, solicitando que respire com os lábios entreabertos;
-manter o micronebulizador junto ao rosto do paciente, por 5 minutos, ou até terminar a solução (quando possível orientá-lo a fazê-lo sozinho);
-identificar com etiqueta (data, horário de instalação);
-fechar o fluxômetro e retirar o micronebulizador;
-secar com gaze, recolocá-lo na embalagem e mantê-lo na cabeceira do paciente.
-Trocar o nebulizador a cada 48 horas.

CÂNULA NASAL (Óculos)
Material:cânula nasal dupla estéril; umidificador de bolhas estéril; extensão de borracha; fluxômetro calibrado por rede de oxigênio; 50 ml de AD esterilizada.
Procedimento:
-instalar o fluxômetro e testá-lo;
-colocar água no copo do umidificador, fechá-lo e conectá-lo ao fluxômetro;
-conectar a extensão ao umidificador;
-identificar o umidificador com etiqueta (data, horário e volume de água);
-instalar a cânula nasal do paciente e ajustá-la sem tracionar as narinas;
-conectar a cânula à extensão, abrir e regula o fluxômetro (conforme prescrição).
-Trocar a cânula nasal diariamente.
-Trocar o umidificador e extensão plástica a cada 48 horas.

Autor: HARDT, Jackson
Obs: material utilizado para explanação em aula.

Cateterismo Vesical (sondagem vesical)

CATETERIZAÇÃO DA BEXIGA
O que é?
É a introdução de uma sonda até a bexiga a fim de retirar a urina.

FATORES RELACIONADOS AO TRATO URINÁRIO
A bexiga é estéril;
A abertura externa para a uretra não pode ser esterilizada;

TIPOS DE CATETER
Cateter uretral de demora/ Sonda vesical de demora – Foley (SVD)
É utilizado para drenagem contínua; irrigação;
Possui mais de um lúmen (duplo lúmen, triplo lúmen);
Cateter intermitente ou cateter reto/ Sonda de Alívio
Utilizado para drenagem por curtos períodos de tempo;
Cateter suprapúbico
Utilizado para drenagem contínua quando há estenose de uretra, obstrução da uretra pelo crescimento da próstata, cirurgia ginecológica ou abdominal que comprometam os trânsito urinário;
Inserido cirurgicamente através de uma pequena incisão acima da área pubiana;
Stents Urológicos

RAZÕES PARA A CATETERIZAÇÃO
Alivio da retenção urinária;
Obtenção de amostra de urina estéril;
Obtenção de amostra de urina quando não pode ser obtida de outra forma;
Medição da quantidade de urina residual na bexiga;
Esvaziamento da bexiga antes, durante, ou após cirurgia, ou antes de certos exames;
Monitoramento de pacientes criticamente enfermos.

RISCOS DA CATETERIZAÇÃO
Sepse e trauma
Obs: É considerada a principal causa de infecções hospitalares.

Material
Bandeja contendo:
- pacote de cateterismo estéril com:
cuba rim
cúpula
pinça kocher
5 gazes dobradas
01 seringa de 20 ml para sondagem feminina com água destilada
02 seringas de 20 ml para sondagem masculina (sendo uma com água destilada e outra com xilocaína (a seringa com xilocaína serve para lubrificar a mucosa da uretra ao introduzir Xilocaína gel e também aliviando a dor na sondagem vesical).
- um pacote de luva estéril
- sonda vesical apropriada estéril
- extensão de sonda mais coletor
- frasco com povidine tópico
- lubrificante (xilocaína gel)


Técnica
1- explicar ao paciente o que será feito
2- preparar o material
3- preparar o ambiente
- desocupar a mesa de cabeceira
- cercar a cama com biombo
- fazer lavagem externa
Tudo conforme as condições e necessidades do paciente
4- lavar as mãos
5- colocar a bandeja com o material na mesa de cabeceira ou entre as pernas do paciente
6- abrir o pacote de cateterismo junto ao paciente, despejando o produto para anti-sepsia na cúpula (povidine), com técnica asséptica,
7- abrir o pacote da sonda indicada e colocar junto a cuba rim, sem contaminar
8- colocar o lubrificante sobre uma das gazes do pacote, ou dentro da seringa no caso de ser homem (técnica asséptica).
9- posicionar o paciente. A posição ginecológica para o sexo feminino e decúbito dorsal com as pernas juntas, para o sexo masculino
10- calçar as luvas
11- posicionar o material adequadamente e lubrificar a ponta da sonda com a mão enluvada (feminino). No masculino injeta-se a xilocaína dentro do meato uretral com a seringa.
12- fazer a anti-sepsia com a pinça montada da seguinte forma:
para o sexo feminino:
- separa os pequenos lábios com o polegar e o indicador de uma mão e não retirar a mão até introduzir a sonda
- passar uma gaze molhada no anti-séptico entre os grandes e pequenos lábios de cima para baixo em um só movimento (clitóris, uretra, vagina)
- pegar outra gaze e passar novamente
- umedecer a última gaze e passar sobre o meato urinário
para o sexo masculino:
- fazer o mesmo procedimento com gaze umedecida com antisséptico com movimentos que começam sempre no meato uretral e se direcional para a coroa da glande
- repetir este procedimento em toda a glande.
13- pegar a sonda com a mão direita e introduzir no meato urinário, deixar a outra extremidade já conectada no coletor e verificar a saída da urina. (Por isso chama-se sistema fechado).
Cuidados importantes
Nos casos de retenção urinária de qualquer origem, quando o objetivo for essencialmente a sondagem de alívio, deve-se antes executar medidas visando estimular a miccção espontânea.
- Irrigar os genitais com água aquecida
- Colocar a bolsa de água quente na região suprapúbica
- Sentar a paciente de sexo feminino sobre a comadre, se não houver contra-indicação.
- Colocar o paciente do sexo masculino em pé, se não houver contra-indicação.
Utilizar sempre os sistema de drenagem fechado estéril.
Em pacientes com sonda Folley, observar os seguintes cuidados:
- Higiene íntima duas vezes ao dia;
- Esvaziar a bolsa de drenagem, pelo menos a cada 6 horas;
- Orientar o paciente para não elevar a bolsa de drenagem a cima do nível da bexiga;
- Preservar o fluxo urinário evitando dobras.

Autor: HARDT, Jackson
Obs: material utilizado para explanação em aula.

Boas Vindas

Saudações caro visitante!!
Este blog tem o intuito de otimizar o suporte ao aprendizado em enfermagem, não tendo de forma alguma a pretensão de ensinar, mas sim de oferecer meios para o estudo.
Peço-lhe então que ao fazer uso do material aqui publicado, tenha a postura ética de utilizá-lo para o bem dos profissionais e clientes.
Não existe restrição quanto a utilização do material disposto neste blog, porem, é de bom tom que ao fazer uso desse conteúdo, você faça a devida menção ao autor do material, haja vista que dentro do possível, colocarei sempre a citação do autor da obra. vale apena lembrar que plágio é crime e também falta de ética.

Atenciosamente. Enf. Prof. Jackson Hardt